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Centelhas de Luz - Destaque pra vocês!

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Fechamento do Belas Artes em São Paulo


"Se o povo receber educação,arte e cultura tornar-se-a o inimigo público número um dos políticos.Um povo que pensa será algo perigoso..."

Vejam esta notícia:

Após 68 anos, Belas Artes vai fechar as portas em São Paulo

O Belas Artes, um dos mais antigos cinemas de São Paulo, se prepara para as últimas sessões. No dia 30 de dezembro, uma notificação judicial avisou: o imóvel, na esquina da avenida Paulista com a rua da Consolação, tem de ser entregue até fevereiro.

Terminará, assim, uma história iniciada em 1943. Terminarão assim os "Noitões" que, nos últimos anos, chegaram a reunir, madrugada adentro, mil pessoas.

A ameaça de fechamento do cinema veio a público em março de 2010, quando o HSBC pôs fim ao patrocínio. André Sturm, o proprietário, começou então a bater à porta de algumas empresas, atrás de nova parceria.

Conversa daqui, conversa dali e, em novembro passado, foi acertado novo apoio. A minuta do contrato estava sendo finalizada quando veio a surpresa. "O proprietário disse que queria o imóvel de volta porque ia abrir uma loja lá", diz Sturm.

Sturm conta que havia se comprometido a pagar um novo valor de aluguel, de R$ 65 mil, assim que fechasse o patrocínio. "Tínhamos um acordo, mas ele não cumpriu", diz o dono do cinema.

Procurado, o proprietário do imóvel, Flávio Maluf (que não é filho de Paulo Maluf), não precisou sequer ouvir uma pergunta. A identificação da reportagem da Folha foi suficiente para que dissesse não ter nada a declarar.

"Ligue para o meu advogado", recomendou. Enquanto ditava nome e telefone, interrompeu a fala e perguntou: "Mas é a respeito do quê?". Informado, ensaiou uma explicação: "Perderam o prazo... Não tenho nada a declarar". O advogado não retornou as ligações.

Maluf passou a responder pelo imóvel há dois anos, quando seu pai morreu. "Venceu a visão mesquinha", diz Sturm.

Ontem, os 32 funcionários receberam o aviso prévio.



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O inimigo público número um de um político é o povo. E para que o povo se mantenha inerte e sem reação, não criando um enorme risco a saúde financeira de nossos políticos, limitam ao povo educação, arte e cultura.

Muitos podem pensar que estes três elementos juntos não contribuem em nada para o desenvolvimento humano, mas se enganam feio. Tudo o que serve como estímulo para o bom desenvolvimento da mente e do pensamento será sempre bem vindo. Com educação, arte e cultura, as pessoas questionam mais, pensam mais, sentem-se mais aptas e livres, alçam voo e reagem mais! E isso não é nada interessante para a política brasileira.

Nosso povo é considerado sem identidade e sem cultura por ter tradições mistas. Mas muitas delas não são preservadas e nem consideradas patrimônio nacional. Importar-se com um espaço dedicado a arte em nosso país é a última coisa que verão um político fazer, a não ser que seu interesse seja distrair o povo do que ele realmente deveria se focar.

Se nosso povo recebesse educação adequada, desenvolvesse melhor a arte e a cultura, nosso quadro político não seria essa vergonha toda que vemos diariamente e que ainda assim merece um salário exageradamente extravagante.

Ainda não sei como um país em pleno desenvolvimento econômico poderá continuar crescendo com o povo vivendo ainda na cegueira intelectual.

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