"Verde que te quero ver sempre" Ana da Cruz
Fiz um estudo do que é possível cada um de nós fazermos. Não há mais como recuperar tudo, mas um pouco quem sabe e preservar o que ainda nos restará. Não tem ONU que dê jeito mais se todos não fizermos nossa parte.
ÁREA RURAL : O SOLO PODE SER RECUPERADO COM SOLUÇÕES SIMPLES E VIÁVEIS
-->> Reflorestamento
Várias espécies de árvores são indicadas para os mais diversos tipos de climas e solos e sua sombra protege o solo, diminuindo o aquecimento, sua copa diminui a velocidade dos ventos, evitando destelhamento e tufões, que normalmente acontecem em regiões com pouca área arborizada de plantio (para uso industrial) ou mata virgem.
-->> Manta Orgânica
Usada em lugares muito frios ou quentes. Material utilizado para cultivo de plantas, como por exemplo fibras naturais biodegradáveis, como coco, juta, palhas e outras, constituídas de membrana especial biodegradável que permite a entrada de água no solo, mas diminui a perda de umidade e o crescimento de ervas invasoras, funcionando como isolantes térmicos para o crescimento de plantas, arbustos e árvores e auxilia no controle da erosão.
-->> Adubação Verde
É usada para recuperar solos e fertiliza-los. Cultivo de planta leguminosa, gramínea, crucífera e outras com a finalidade de proteger e melhorar o solo. Após determinado período, é cortada e parte ou toda deixada sobre o solo, acaba se incorporando ainda verde, promovendo o seu enriquecimento com matéria organica e nutrientes, principalmente nitrogênio, tornando-o novamente fértil.
ÁREA URBANA : MEDIDAS ECOLÓGICAS NA ÁREA EXTERNA DE CASAS E APARTAMENTOS
Ambientalistas buscam alternativas para diminuir os efeitos da poluição e ampliar as áreas verdes nos centros urbanos. As soluções sustentáveis podem estar ao alcance todos.
O ecotelhado além de uma opção estética, oferece conforto térmico e reduz os impactos ambientais. Tanto é que foi apresentado este ano um projeto de lei federal no Brasil que estimula a construção de telhados verdes em cidades com mais de 500 mil habitantes possibilitando a redução da taxa de IPTU.
São Paulo aderiu à essa medida de estímulo, ao exigir de novos condomínios com mais de três unidades agrupadas verticalmente a implantar um telhado verde, uma medida que todo estado devia tomar. Outra alternativa que começa a ser adotada nas cidades é o jardim vertical em paredes externas das construções.
Quem quer colocar a idéia em prática precisa contar com mão de obra especializada e infra-estrutura adequada para não ter problemas de vazamentos, infiltrações, perda de plantas e de terra pela erosão ocasionada pela chuva.
De acordo com o agrônomo José Manuel Linck Feijó, presidente da Associação Telhado Verde Brasil e diretor da Ecotelhado, os revestimentos verdes não são caros e possibilitam fácil manutenção.
-->> Ecotelhado
O Ecotelhado pode ser um jardim suspenso, também conhecido como telhado verde. Esse tipo de cobertura vegetal pode ser instalada tanto em cobertura de prédios (laje) ou sobre telhados convencionais, como o de telha cerâmica, fibrocimento, dentre outros. É possível fazer um telhado com grama ou com plantas.
Os telhados verdes ganharam uma crucial importancia nos centros urbanos trazendo diversos benefícios como: aumento da biodiversidade; redução de inundações com a retenção da água da chuva na fonte (drenagem urbana); limpeza da água pluvial, contribuindo para redução da poluição (alguns projetos incluem o uso da água retida); redução da emissão de carbono e da poluição do ar; diminuição do calor e aumento da umidade do ar; melhoria térmica e acústica em apartamentos e casas; maior durabilidade dos prédios; aumento da área de convívio com a natureza.
Contribui significativamente na pontuação de certificações como LEED.
Em se tratando de uma casa, se não houver laje, troque as telhas por placas de compensado e de espaço a espaço uma ripa, para dar aderência. Além de grama, o telhado verde pode receber flores e - de acordo com a estrutura - pequenos arbustos.
Segundo Márcio de Araújo, diretor do Instituto para o Desenvolvimento de Habitação Ecológica (Idhea), de São Paulo, o ideal é dar preferência a plantas locais mais resistentes à chuva e à estiagem e que exijam pouca rega e poda. Plantas de porte baixo e crescimento lento também podem facilitar a manutenção, que é parecida com a de um jardim comum.
No caso da laje, tanto para casas quanto para prédios, é preciso impermeabilizar a área a ser plantada, impedindo infiltrações, com produtos vedantes ou com canteiros plásticos, já que normalmente, o espaço todo não é aproveitado, tanto no caso de um simples gramado, como de um jardim, quanto de uma horta, pois o suporte de peso é maior. A terra e o adubo para o crescimento das plantas, de 10 a 15 cm de profundidade, dependendo do cultivo.
Os dutos de irrigação e drenagem também fazem parte do projeto de um telhado verde. O preço do metro quadrado de um telhado verde varia de 100 a 150 reais.
Solução em caso de orçamento baixo: pinte o telhado de branco; com isso até 90% da luz solar incidente deixa de ser refletida, diminuindo o uso de ventiladores na casa.
-->> Meu Telhado Verde, Verdinho, Verdinho
Gaiatos e Gaianos - Depoimento.
Não é que ele ficou pronto?!?! O telhado da minha casa está uma beleza de verde! A grama plantada para fixar a terra cobriu toda a superfície e outras várias espécies já apareceram naqueles 15 cm de profundidade: urtiga, dente-de-leão, tomate, laranja, mamão, maracujá, serralha, algumas suculentas e, claro, muito capim braquiária, tiririca e até cogumelos de esterco de gado (sim, aqueles que, se ingeridos, fazem você enxergar bolinhas roxas no elefantinho azul...).
Por que tanta diversidade? Pois é, quando fizemos o mutirão para subir a terra para o telhado, tivemos a “brilhante” ideia de misturar à terra o nosso composto orgânico preparado com o lixo orgânico da minha casa (já faz uns três anos ou mais que não boto lixo orgânico para a prefeitura recolher). Resultado: apareceu de tudo. Sem falar que as chuvas intensas que têm caído sobre Piracaia também têm colaborado bastante...até demais.
Não demorou muito para que surgissem as primeiras mudinhas nascidas de sementes que um dia passaram pela minha cozinha: o mamão formosa do café da manhã (que terá de ser transplantado para o quintal da casa!) , o tomate que foi salada em algum almoço, o maracujá daqueles sucos feitos para relaxar no fim do dia. O mesmo aconteceu com as sementes que estavam no esterco usado para adubar a terra, o que explica o jardim de cogumelos psicodélicos que se formou por alguns dias no meu telhado...
-->> Revestimento de Paredes e Coroamento de Muros
Texto: Raquel Patro
Quem nunca viu uma casa ou um muro verde e ficou encantado? Paredes revestidas com trepadeiras são muito charmosas e combinam com os jardins de estilo europeu, principalmente o inglês. Mas este tipo de utilização requer alguns cuidados, começando pelo tipo de trepadeira escolhida.
Neste caso, somente as trepadeiras com raízes adventícias podem ser utilizadas. Entre estas as mais utilizadas são a unha-de-gato e a falsa-vinha. A primeira exige podas freqüentes, mas permanece verde o ano todo. Já a falsa-vinha muda a cada estação: é verde na primavera e verão, fica vermelha no outono e perde totalmente as folhas no inverno, mas tem baixa manutenção, não exigindo podas.
Quanto mais áspera a parede ou muro, melhor para estas trepadeiras subirem. Ambas só podem ser cultivadas com sol pleno ou meia-sombra e preferem que a construção não tenha acabamento, sendo apenas chapiscada com concreto. A falsa-vinha, no entanto, adere também em paredes com pintura ou com tijolo à vista.
Os muros geralmente são sisudos ou amedrontadores, com cercas elétricas e cacos de vidro, chegando até a ser antipáticos aos pedestres que passam pela calçada. Com uma trepadeira bem conduzida, os muros podem ganhar graciosidade e beleza, pois os contornos naturais e curvilíneos da planta suavizam as linhas rígidas da construção. Além disso, o muro sempre ganha pelos menos alguns centímetros em altura, favorecendo desta forma a privacidade e a proteção contra a poluição.
Neste caso podem ser usadas tanto trepadeiras volúveis e sarmentosas como arbustos escandentes. Só o manejo e o tutoramento serão diferentes. As trepadeiras necessitarão de suportes que as levem até o topo dos muros, indicando o caminho. Estes suportes podem ser fixos ou temporários, disso vai depender a espécie escolhida e suas características. Trepadeiras lenhosas que engrossam o caule com o passar dos anos, dispensarão os tutores depois de bem estabelecidas. Este tipo de trepadeira é o que dá mais altura e corpo ao coroamento dos muros, como as bouganvílias. Coroamentos mais suaves podem ser feitos com ipoméias por exemplo.
Para o caso de áreas de risco de assalto, pode-se escolher uma planta mais agressiva: com espinhos, como unhas de gato, ou que provoque alergia e coceira, como a urtiga.
NO INTERIOR DAS RESIDÊNCIAS SOLUÇÕES ECONÔMICAS E ECOLOGICAMENTE CORRETAS
-->> Reciclar o Lixo. Cada brasileiro em média produz 130kg de lixo por ano. Se separado, 40% é reaproveitado e reduz a emissão de gás carbônico num ano 91 kg por pessoa.
-->> Sacolas de Plástico. Deixar de usar sacolas de plástico que demoram 300 anos para decompor e é responsável por entupimentos e 10% do lixo nos aterros sanitários, além de reduz a emissão de gás carbônico num ano 65 kg por pessoa.
-->> Pilhas Alcalinas. Uma só pilha contamina o solo durante 50 anos, pois elas incorporam metais pesados e tóxicos. Descarte-as em local apropriado.
-->> Não pague Ar. Use o equipamento que retira o ar da água tratada que entra na sua casa, diminuindo sua conta de água em até 40%.
-->> Economize Energia Elétrica.
a- Não deixar os eletrônicos em standy by economiza até 20% na energia elétrica e reduz a emissão de gás carbônico num ano 42 kg por casa.
b- Trocar Lâmpadas pelas de Luz Fria. Diminui o calor ambiente que contribui para o efeito estufa e reduz a emissão de gás carbônico num ano 51 kg por pessoa.
c- Antes de cozinhar, retire da geladeira todos os ingredientes de uma só vez. A cada vez que alguém abre a geladeira além da emissão de gases, há uma sobrecarga elétrica para recompor o ambiente gelado interno.
Ana da Cruz. Soluções Ambientais ao Alcance de Todos. Mural dos Escritores, 17 de outubro de 2010.
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