Estudo diz que frequencia das tempestades conhecidas como baixas polares vão diminuir no próximo século
As breves, mas violentas tempestades no Ártico, conhecidas como baixas polares, provavelmente se tornarão muito menos frequentes à medida que se intensificar o aquecimento global, segundo um artigo publicado esta quarta-feira na revista científica britânica Nature.
As baixas polares surgem em altas latitudes não congeladas no inverno do Atlântico Norte e podem rapidamente se tornar uma séria ameaça para petroleiros e plataformas de petróleo.
Segundo climatologistas da Universidade de Reading, na Grã-Bretanha, a média destas tempestades foi de 36 por temporada no século XX.
Por volta de 2100, esta proporção cairia para entre 17 e 23 por temporada, dependendo de contrações de gases causadores do efeito estufa no ar.
"A ocorrência, no futuro, mal corresponderia à metade", disse à AFP Matthias Zahn, do Centro de Ciências de Sistemas Ambientais, da citada universidade.
A simulação se baseou em três cenários de emissões de gases-estufa, usados pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês).
A razão para a queda se explica por uma mudança na diferença de temperatura entre a superfície do oceano e a meia atmosfera.
É esta diferença que faz a baixa polar se desenvolver. Alterações nesta relação impedem a formação e a intensificação da tempestade, destacou o artigo.
Zahn disse que novos trabalhos estavam sendo desenvolvidos para simular as baixas polares no Pacífico norte.
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